Por Economista Fabio Alonso
09/12/2024
Atualizado há 1 hora
Os mercados financeiros iniciam a semana atentos a eventos decisivos tanto no cenário internacional quanto doméstico. No Brasil, os investidores aguardam ansiosamente a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para quarta-feira (13), enquanto no exterior, os dados de comércio da China, que serão divulgados na terça-feira (12), prometem movimentar os mercados globais.
Contexto Econômico Global
A China, maior parceira comercial do Brasil, divulgará os números do comércio exterior referentes a novembro, incluindo o desempenho das exportações e importações. Esses dados são cruciais para avaliar a saúde da segunda maior economia do mundo, que enfrenta desafios para retomar o crescimento sustentável.
Especialistas apontam que os números chineses podem oferecer pistas sobre a demanda global por commodities, setor de extrema relevância para a balança comercial brasileira.
Expectativas para o Copom
No âmbito doméstico, o foco está voltado para a decisão de política monetária do Copom, que será anunciada na quarta-feira. Após os últimos cortes na taxa Selic, que atualmente está em 11,75% ao ano, o mercado especula sobre a possibilidade de novas reduções, embora alguns analistas defendam uma postura mais cautelosa devido aos sinais de inflação ainda persistentes em certos setores da economia.
A decisão também será acompanhada de perto por investidores estrangeiros, já que a trajetória da política monetária impacta diretamente o câmbio e o apetite por ativos brasileiros.
Impactos no Mercado
- Commodities: Uma possível desaceleração nas exportações chinesas pode pressionar os preços de commodities, afetando ações de empresas como Vale e Petrobras.
- Renda Fixa: A expectativa por cortes na Selic mantém o mercado de títulos públicos e privados no radar dos investidores, principalmente no que diz respeito a prazos mais longos.
- Bolsa de Valores: Decisões do Copom e indicadores externos devem guiar o Ibovespa, que iniciou dezembro oscilando próximo aos 125 mil pontos.
Olho no Risco
Analistas alertam que o ambiente global permanece incerto, com tensões geopolíticas e inflação persistente nos Estados Unidos pressionando os mercados. Por isso, os próximos dias serão determinantes para a formação de expectativas tanto no Brasil quanto no exterior.