Desempenho Desastroso de Joe Biden no Primeiro Debate Presidencial Levanta Questões sobre Substituição na Candidatura Democrata

Após uma Performance Vacilante e Confusa no Debate, Crescem as Preocupações Dentro do Partido Democrata sobre a Viabilidade da Candidatura de Biden

O mau desempenho do presidente americano Joe Biden no primeiro debate da disputa presidencial gerou um questionamento significativo. Na imprensa americana, a performance de Biden perante seu adversário foi descrita por palavras como confusa, vacilante, desastrosa e atrapalhada. As críticas não vieram apenas de seus opositores, mas também de membros de seu próprio partido, levantando a possibilidade de uma substituição do candidato democrata às vésperas das eleições de novembro.

Debates e Repercussões

O debate revelou fragilidades na campanha de Biden, preocupando estrategistas democratas e grandes doadores. Aos 81 anos, Biden enfrenta não só a questão da idade, mas também uma série de críticas sobre sua capacidade de conduzir o país em um possível segundo mandato. Embora sua vice-presidente Kamala Harris tenha defendido sua performance, destacando um “final forte” após um “começo lento”, as avaliações gerais apontam para um desempenho insatisfatório.

As reações dentro do Partido Democrata foram rápidas e intensas. Segundo reportagens da imprensa americana, alguns grandes doadores já estão pressionando por uma troca de candidato, enquanto outros membros do partido estão considerando um plano B. O debate acendeu um sinal de alerta sobre a viabilidade de Biden continuar como o candidato principal dos democratas.

Possíveis Substituições

A questão de uma possível substituição de Biden traz à tona uma série de especulações. Analistas discutem se é possível, nessa altura do campeonato, trocar o candidato democrata sem causar um colapso na campanha. De acordo com as regras da Convenção Nacional Democrata, para que um candidato seja escolhido, ele precisa do apoio da maioria dos delegados do partido, que representam os eleitores democratas de cada estado americano.

Se Biden decidir desistir da candidatura, a disputa seria reaberta, permitindo que outro candidato fosse escolhido. Nesse caso, os delegados poderiam votar livremente em um novo candidato, resultando em uma corrida frenética entre possíveis substitutos. Entre os nomes cogitados estão a vice-presidente Kamala Harris, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer.

Desafios e Alternativas

Apesar das especulações, tanto Kamala Harris quanto outros possíveis candidatos já afirmaram publicamente seu apoio a Biden, e o próprio presidente não deu nenhuma indicação de que poderia abrir mão da candidatura. No entanto, analistas dividem-se sobre a viabilidade de uma substituição forçada. Alguns acreditam que há brechas no regulamento da Convenção Democrata que permitiriam essa troca, enquanto outros consideram essa possibilidade bastante improvável.

A regra que os analistas citam afirma que os delegados do partido devem “em sã consciência refletir os sentimentos daqueles que os elegeram”. Se muitos eleitores democratas manifestarem desaprovação em relação a Biden, os delegados poderiam, teoricamente, mudar seus votos para outro candidato. No entanto, a história moderna dos Estados Unidos não registra precedentes de um grande partido trocando seu candidato contra a vontade dele.

Kamala Harris como Alternativa

Outro cenário debatido é a possibilidade de Kamala Harris assumir a candidatura no lugar de Biden. Embora Harris automaticamente ocupe a presidência em caso de renúncia de Biden, a mesma regra não se aplica à corrida eleitoral de novembro. Para ser escolhida como candidata, Harris teria que conquistar a maioria dos delegados na convenção, enfrentando os mesmos desafios que qualquer outro candidato.

Além disso, a popularidade de Harris não está em alta. Pesquisas recentes indicam que sua aceitação entre os eleitores é baixa, o que complicaria ainda mais sua possível candidatura. Analistas acreditam que, embora ela já esteja na chapa democrata, o caminho para ser escolhida como candidata principal não seria fácil.

A situação atual coloca o Partido Democrata em uma encruzilhada delicada. A possibilidade de substituir Joe Biden como candidato presidencial é uma questão que envolve considerações estratégicas, políticas e históricas. Enquanto alguns membros do partido e grandes doadores pressionam por uma troca, outros acreditam que manter Biden na corrida é a melhor opção.

Os próximos meses serão cruciais para definir o rumo da campanha democrata. A Convenção Nacional Democrata, marcada para agosto, será o ponto decisivo onde se determinará oficialmente o candidato do partido. Até lá, as discussões e especulações continuarão a moldar o cenário político americano, com potenciais repercussões significativas para as eleições de novembro.

Continuação da Cobertura

A BBC News Brasil seguirá acompanhando de perto todos os desdobramentos desta situação. As decisões tomadas nas próximas semanas podem alterar profundamente a dinâmica da campanha eleitoral, impactando não apenas o Partido Democrata, mas todo o cenário político dos Estados Unidos. Acompanhe nossa cobertura para mais atualizações e análises detalhadas sobre o desenrolar dos acontecimentos.

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